terça-feira, 30 de novembro de 2010

véu e grinalda

véu e grinalda por Daisy e Ruth . Bouquet por Kely Pinheiro

Ontem eu tava passeando nuns bloguinhos e tal, foi aí que descobri a Bárbara Heliodora. Não sei exatamente como se descreve o que ela faz, designer de enfeites para cabeça ou chapeleira, ou algo do tipo.

Achei o trabalho dela lindo e me lembrei da saga do meu acessório capilar de casamento. Acho que na época do meu casório ela ainda não trabalhava aqui nas áridas terras de brasília.
Era uma vez dois mil e oito e eu sabia que não queria arrastar véu. Eu acho estranho arrastar véu, parece que você tem que fazer força com o pescoço pra conseguir andar. Mas ao mesmo tempo eu achava simbólico entrar com o rosto coberto e descobrir quando já estivesse casada. Então decidi usar um voillete, que é aquela telinha dos chapéus das viúvas dos filmes, e é retrô e eu sou bem nostalgica. Okay, decidir é fácil o problema é achar o negócio. Primeiro pensei em fazer eu mesma baseada em tutorias e com a ajuda minha super mãe costureira, mas foi impossível comprar a tal telinha aqui no Brasil. Então vamos pro próximo passo: comprar ou alugar, mas aonde?! Perguntei pra muitas pessoas até que me indicaram o John John, um chapeleiro aqui de brasília. Ele não entendia o que eu queria e no fim das contas disse pra eu escolhar uma flor de alguns dos chapéus que ele tinha lá, que ele colocava a flor no véuzinho e tal. Mas eu não queria aquelas flores empoeiradas.

Aí tive que partir pro plano desesperado: São Paulo. Tudo bem que o meu noivo morava em São Paulo e era só eu ir visitá-lo e ver isso. Mas não é tão fácil assim. Primeiro que São Paulo é enorme, segundo que o nosso transporte era metrô, trem, ônibus, e o tempo era meio curto. Andamos pra caramba, fomos na Socorro e Cecília e Daisy e Ruth, elas sempre saem nessas revistas de noivas. Fomos super bem antendidos em ambos, mas acabei escolhendo a Daisy e Ruth. Aluguei, elas mandaram pelo correio, e deu tudo certo. Valeu a pena a correria. Eu amei meu birdcage veil, e fiquei me achando.

eu, logo após ser desvelada . 24 de janeiro de 2009 

Mas eu não fiquei satisfeita. Seis meses depois, no casamento da minha irmã eu queria outro acessório capilar, dessa vez queria que ele fosse penoso. E também não encontrei. Eu comprei uma pluma velha de carnaval que estava lá no fundo da loja, um saquinho de penas rosa para fantasia de índio. Minha mãe me ajudou e fizemos um acessório lindamente improvisado. Material: pluma velha, penas de quinta tingidas, feltro, pérola falsa, grampo de cabelo, cola universal, agulha e linha.

illa, eu e minha flor penosa
que bom que ainda tenho outra irmã pra casar!

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